Spring Break em New York

O spring break começou na sexta-feira passada, de uma forma abrupta, sem momento de transição. De repente encontro-me em modo de férias mas com diversos objectivos concretos a atingir dentro de uma semana, ou seja, no final das ditas férias. Assim, encontro-me num estado de compromisso, em que estou de férias mas não estou.

Aproveitei um pouco da imensa qualidade das bibliotecas públicas de Nova Iorque com DVDs da BBC do Blue Planet, outros da National Geographic sobre o livro do Jared Diamond Guns, Germs and Steel, outros da PBS sobre Evolução. Creio que todos estes documentários deveriam fazer parte dos programas escolares ... se bem que para qualquer aficionado no mergulho, dos oceanos, das praias, a série da Blue Planet (4 DVDs com 8 episódios) deveriam querer ter as imagens únicas a passar constantemente na televisão como se de um quadro vivo se tratasse. Em diversos momentos pensei na mãe de uma amiga minha que pintou mais do que um quadro com pormenores da vida marinha – creio que ela gostaria muito de ver estes episódios.

Domingo bem cedo fomos dar uma volta até Manhattan, para estar com a Patrícia e o Roberto.


Decidimos ir explorar um pouco da costa sul de Long Island. Apesar da chuva e do dia cinzento do principio ao fim, foi um dia muito místico na praia ... a fazer lembrar momentos do Eternal Sunshine of the Spotless Mind.









Antes de regressarmos para a ilha que nunca dorme ... fomos um pouco mais para leste ... até aos Hamptons. Nice, very nice ...

Jantámos em casa, comida vietnamita do Saigon Grill na Amsterdam Ave no Upper West Side perto da casa da Patrícia...




Passeámos também por Manhattan, pelo Central Park ...









... visitámos o American Museum of Natural History (AMNH) onde passámos mais de 5h! Presentemente está aberta ao público uma exposição sobre Charles Darwin que recomendo ... e mais por piada de um momento um pouco á parte da realidade, a exposição das Borboletas onde ficamos numa sala de vidro com 85% de humidade e uma temperatura bem quentinha a sentirmo-nos numa selva com milhares de borboletas por todo o lado (umas grandes outras pequenas) ...



Estivemos também no NY Aquarium, em Coney Island ... relativamente perto de metro.




Agora estamos de volta à Syracuse city e estamos a trabalhar intensamente para conseguirmos atingir as nossas metas de trabalho para estas férias! Amanhã vamos ter o tradicional e famoso St. Patrick day ... ou dia de São Patrício, uma celebração que por ser irlandesa envolve sempre muita cerveja e uísque, toda a gente vestida de verde e muitos cabelos ruivos ... vai ser giro.

Passeio pela Clark Reservation

Ontem decidi sair de casa com a máquina fotográfica e sair para a natureza. O inverno está a passar muito rápido, sem frios extremos nem camadas de neve de respeito como no ano passado. As aulas agora só recomeçam dentro de 10 dias por isso ontem deu para tirar o dia e ir arejar um pouco. Comecei por ir buscar a Molly ...



Passei o inverno todo a observar imensas perspectivas e cores e contrastes que teriam ficado excelentes e uma vez que já não vou a tempo de ainda fotografar o branco imenso da neve sobre os tons dramáticos dos edifícios “super antigos” do campus (autênticos castelos da Nova Inglaterra), quero congelar num momento estas cores que desafiam o cinzento e frio destes meses, aqui em Central New York.

No semestre passado, junto com outros grads, levei uma turma de caloiros até a este parque, Clark Reservation, situado apenas a uns 20 minutos do campus. O objectivo era mostrar a natureza com outros olhos, mais objectivos e analíticos, para ler na paisagem a dinâmica dos vários compartimentos ambientais. Mostrei na altura, o aparecimento de novas linhas de água, formadas devido ao aumento da impermeabilização das áreas a montante devido a intensa urbanização (claro que quando digo intensa, nunca é intensa como em Portugal).



Mostrei também como nas formações de limestone se viam fósseis de organismos marinhos, deixando descobrir a extinta existência de um mar interior que ocupava uma grande parte dos Estados Unidos. Nestas formações são também bem visíveis as marcas deixadas pelos glaciares que percorreram imensas distâncias e levaram sedimentos até a foz do rio Hudson em Manhattan. Estes glaciares tinham uma espessura de quase 2 km!



Continuando a passear pela reserva, é impossível não nos deixarmos absorver por toda esta natureza, principalmente pelo intenso verde dos musgos que aqui se desenvolvem em superficies viradas a norte e a sul!


O percurso deste passeio tinha como destino uma excelente vista de um lago … pouco antes de lá chegar, há uma area onde os cedros se tornam mais e mais abundantes …

yin yang


Poucos metros passados deste cedro, chego finalmente a uma superficie que mais parece um palco, ou melhor uma plateia erguida acima do palco que se desdobra mesmo em frente àquela rocha que mais parece um lugar de meditação.


Eis o foco da meditação! Este lago tem à direita da foto uma parede enorme, em forma de ferradura, onde há muito muito tempo existia um sistema de quedas de água maior que as Niagara Falls ...


Espero em breve ter fotos de uma visita até as Cataratas de Niagara.... Ontem apesar de o dia estar super cinzento, deu para relaxar e organizar os ficheiros no arquivador do meu cérebro. Hoje é um novo dia e novas aventuras me aguardam.

Até breve!

PS - muitos parabens Carla, Eugenio, Rita, Emilio!