Saturday, March 11, 2006

Passeio pela Clark Reservation



Ontem decidi sair de casa com a máquina fotográfica e sair para a natureza. O inverno está a passar muito rápido, sem frios extremos nem camadas de neve de respeito como no ano passado. As aulas agora só recomeçam dentro de 10 dias por isso ontem deu para tirar o dia e ir arejar um pouco. Comecei por ir buscar a Molly ...



Passei o inverno todo a observar imensas perspectivas e cores e contrastes que teriam ficado excelentes e uma vez que já não vou a tempo de ainda fotografar o branco imenso da neve sobre os tons dramáticos dos edifícios “super antigos” do campus (autênticos castelos da Nova Inglaterra), quero congelar num momento estas cores que desafiam o cinzento e frio destes meses, aqui em Central New York.

No semestre passado, junto com outros grads, levei uma turma de caloiros até a este parque, Clark Reservation, situado apenas a uns 20 minutos do campus. O objectivo era mostrar a natureza com outros olhos, mais objectivos e analíticos, para ler na paisagem a dinâmica dos vários compartimentos ambientais. Mostrei na altura, o aparecimento de novas linhas de água, formadas devido ao aumento da impermeabilização das áreas a montante devido a intensa urbanização (claro que quando digo intensa, nunca é intensa como em Portugal).



Mostrei também como nas formações de limestone se viam fósseis de organismos marinhos, deixando descobrir a extinta existência de um mar interior que ocupava uma grande parte dos Estados Unidos. Nestas formações são também bem visíveis as marcas deixadas pelos glaciares que percorreram imensas distâncias e levaram sedimentos até a foz do rio Hudson em Manhattan. Estes glaciares tinham uma espessura de quase 2 km!



Continuando a passear pela reserva, é impossível não nos deixarmos absorver por toda esta natureza, principalmente pelo intenso verde dos musgos que aqui se desenvolvem em superficies viradas a norte e a sul!


O percurso deste passeio tinha como destino uma excelente vista de um lago … pouco antes de lá chegar, há uma area onde os cedros se tornam mais e mais abundantes …

yin yang


Poucos metros passados deste cedro, chego finalmente a uma superficie que mais parece um palco, ou melhor uma plateia erguida acima do palco que se desdobra mesmo em frente àquela rocha que mais parece um lugar de meditação.


Eis o foco da meditação! Este lago tem à direita da foto uma parede enorme, em forma de ferradura, onde há muito muito tempo existia um sistema de quedas de água maior que as Niagara Falls ...


Espero em breve ter fotos de uma visita até as Cataratas de Niagara.... Ontem apesar de o dia estar super cinzento, deu para relaxar e organizar os ficheiros no arquivador do meu cérebro. Hoje é um novo dia e novas aventuras me aguardam.

Até breve!

PS - muitos parabens Carla, Eugenio, Rita, Emilio!

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