Hum … estranho, iniciei e reiniciei este texto várias vezes, ora em português ora em inglês. Por um lado, em inglês consigo contornar o problema dos acentos, essenciais no português para evitar confusões, mas uma seca por ter de lidar com a tecla CTRL a todo o momento e dou por mim a escolher palavras pelo mero facto de evitar acentos. Estranho mesmo é estar tão dividida entre os dois idiomas. Que significa? Porque duvido como me expressar? Dou por mim muitas vezes a falar comigo mesma em inglês, na mesma medida que vivo no meu próprio filme, com bandas sonoras brutais, e slow motions em momentos inesquecíveis e fast-forwards para aqueles dias todos iguais. E se tentar uma coisa mais orgânica? Vou escrevendo em mais do que um idioma à medida que me for saindo?
O fim do ano aproxima-se. Com chegada de Dezembro vem um aumento de encarnados e verdes e cheiros a pinheiro e vontades de conforto da casa e lareiras e amigos e bebidas quentes. Ao mesmo tempo, este sentimento de extremo conforto vem acompanhado com uma vontade ou mera impulsão para avaliar … olhar para o ano que está a acabar e pesar se estou a caminho de mim, se estou a seguir o que quero, se continuo viva e verdadeira para mim mesma. Estes momentos são sempre complicados, pois se em 1 minuto sou capaz de pensar que tudo foi bom e positivo, se olhar com um pouco mais de atenção vejo momentos em que não estive propriamente comigo como devia. Deixei-me levar por qualquer outra coisa que não a minha vontade e a minha decisão.
Se este ano fosse um capítulo de um livro chamar-lhe-ia “Decidir” pois foi no que consistiu basicamente este ano. Perceber as minhas limitações em tomar decisões díficeis, ou de levar algum tempo a tomá-las. It has been a profound growth moment for me, not pacific, very painful actually. Learn how to accept me more, to praise myself more for each little step forward, be a bit more of my own good friend. Just stepping forward into accepting myself a bit more. Hoje sou capaz de olhar para tras e ver o caminho imenso que percorri neste ano, sou eu mesma, mas com uma força interior muito maior, com uma capacidade de estar aqui para mim muito maior do que no passado. Há muito por melhorar claro está, tenho muitos feelings que pura e simplesmente ignoro. No entanto, hoje em dia, sou capaz de perceber que o meu corpo junto com a minha intuição me vão dizendo para onde eu devia ir … agora só tenho de ser capaz de ouvi-los com mais frequência e ter mais coragem para seguir essas intuições.
I don’t have TV for a long time now … i just felt i did not need it, because I had no need for the advertisements, I could just get the movies or TV shows I wanted from the library. I listen to a lot of music … there is one thing I haven’t change: the way I can get carried away with music for an entire day, just travel and dream in my parallel fantasy land … bem, mas tenho visto uma série que me tem mostrado muita musica nova, estou a adorer: Grey’s Anatomy. Enfim, a vida … quando estamos a tentar crescer e ja somos supostos adultos :o)
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